sexta-feira, janeiro 26, 2007

Importância da Licenciatura em Jornalismo / The relevance of a Graduation (BA) in Journalism

Entrada na profissão
The beginning of a career

Para trabalhar como jornalista, deveria ser, legalmente, obrigatória uma Licenciatura em Jornalismo / Ciências da Comunicação / Comunicação Social?
Should be legally required a Graduation (BA) in Journalism / Mass Communication Sciences to become a journalist?

Deixe a sua opinião e justifique.
Give your opinion and justify.




16 Comments:

At 6:51 da tarde, Blogger Textos Traduzidos said...

Na minha opinião, sem dúvida que sim. Aliás, uma das coisas que está mal é o facto de o acesso à profissão de jornalista ser aberto a pessoas que não têm curso na área.
Para já, quem está não sei quantos anos a tirar um curso de jornalismo/ciências da comunicação/comunicação social, quando sai para o mercado de trabalho tem de competir não só com as pessoas da sua área (que já não são poucas), mas com pessoas oriundas das mais variadas áreas, que vão disputar os mesmos empregos que nós.
E depois, e penso que é o principal, é preciso acabar com a ideia de que qualquer pessoa pode ser jornalista. O jornalismo exige saberes específicos, escrever um texto jornalístico exige regras, a conduta na própria profissão tem regras. Enfim, o jornalismo é uma profissão que, como qualquer outra tem especificidades. E se eu, com o curso de Ciências da Comunicação, não posso por exemplo ser arquitecta, porque é que qualquer pessoa pode ser jornalista?
Parabéns pelo blogue, espero que lancem muitas e boas questões.

 
At 7:45 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Eu já faço trabalhos jornalísticos desde os 13 anos pelo que me parece que não é possível nem desejável extremar esta situação. Deve ser vista caso a caso. O jornalismo está intrinsecamente associado à liberdade de expressão e barrar a actividade jornalística a licenciados será também limitar a liberdade de expressão.

Defendo que os licenciados deverão e merecem ter um estatuto diferente dos não licenciados, (que penso já acontecer e em muitos lados só aceitam jornalistas com licenciatura), mas toda a gente que esteja interessada deve poder fazê-lo livremente e sem barreiras institucionais.

 
At 6:30 da tarde, Blogger Mais Jornalismo said...

Em relação à hipotética colisão entre os direitos fundamentais, como a liberdade de expressão, e a exigência legal de uma Licenciatura na área das Ciências da Comunicação, para o exercício da profissão de jornalista, a Federação Nacional dos Jornalistas do Brasil (FENAJ) publicou um artigo que vale a pena ler atentamente:

"Colisão dos direitos fundamentais - diploma, regulamentação e liberdade de imprensa" - http://www.fenaj.org.br/materia.php?id=1464

Edvânia Kátia, jornalista que escreveu este artigo, defende que a obrigatoriedade da Licenciatura em questão não choca com a liberdade de expressão.

 
At 9:11 da tarde, Blogger Mariny said...

Tenho formação em Comunicação Social e como muitos dos meus colegas nunca exerci a profissão para além de um estágio curricular e uma ou outra experiência no meio, apesar de presentemente escrever num projecto online, ou seja, apesar de não ter emprego como jornalista ou em qualquer outra área da minha especialização não acredito que com a exigência de um diploma em Jornalismo, Ciências da Comunicação ou coisa que o valha, a nossa entrada no mercado de trabalho estivesse mais facilitada, aliás, não me parece que o problema resida aí, mas sim no facto de os investimentos no meio terem vindo a ser reduzidos nos últimos tempos, o facto de se sentir uma recessão económica generalizada na nossa sociedade. Até acho, que mais do que nos preocuparmos em fechar o acesso à profissão, deveríamos lutar para garantir os nossos direitos e dignidade laboral, não aceitando passar meses e meses a estagiar de graça, não aceitando condições de trabalho que vão para lá do precário.
Acredito que na verdade, não deveriam existir tantos cursos a formar jornalistas, visto que muitos não têm qualquer qualidade, nem garantem qualquer tipo de inserção real no mercado de trabalho. Lá por se ter um diploma no que quer que seja, não quer dizer que se tenha qualidade a nível laboral ou que se seja realmente talhado para uma profissão. Acredito sim, que deveríamos dar mais importância à experimentação antes de entrar na faculdade e mesmo durante os anos em que fazemos os cursos, acredito que os pré-requisitos para nos candidatarmos ao curso de jornalismo ou afins deveriam ser reais e exigentes, acredito que desde o secundário a escola deveria estar mais perto do mercado de trabalho promovendo um intercâmbio real de informação e formação. Os estágios não pagos são para ser feitos nessas alturas, no Verão ou nas férias em geral. Acredito que essa mentalidade deveria ser promovida nas instituições de ensino e exigidos pelos próprios alunos, professores e encarregados de educação e mais tarde pelos alunos da faculdade, aí sim, conscientes do que realmente querem fazer e que carreira vão seguir.
Acho que se uma pessoa como o Bruno Dias, que faz trabalhos jornalísticos desde os 13 anos sabe o que quer quando vai para a faculdade, mas também sei por experiência que muitos dos meus colegas sofreram desilusões enormes nos anos de faculdade, eu também e mais ainda, quando vamos exercer a profissão.
Aliás, penso que um jornalista formado noutra área enriquece o jornalismo e a sua prática, traz novos inputs para a profissão, explora outros temas e não está tão formatado como um licenciado da área.Em Portugal, existem formas de adquirir as especificidades da profissão em tão pouco tempo e com qualidade, que será ridículo fechar o exercício da profissão a todos que a queiram exercer e que tenham uma licenciatura, se tem qualidade ou não, será outra discussão, ter um canudo em jornalismo não quer dizer que serei boa jornalista. Aliás, muitos são os exemplos dos profissionais de renome do jornalismo português que nada devem aos cursos de jornalismo.
Em relação às caras larocas das televisões e afins, não me parece que o fechamento do meio acabaria com a proliferação de gente que substitui qualquer tipo de conhecimento, jornalístico ou não, com a sua aparência agradável, isto porque o problema é mais profundo que ter ou não ter licenciatura em jornalismo ou sucedâneos.
Quem é jornalista e não é formado na área, desde cedo que sente fascínio pela área, desde o início que é atento, curioso e tem vontade de saber mais, conhecer para além das fronteiras físicas, temporais e simbólicas do meio em que vive.
De qualquer modo, e mesmo não acreditando que o fechamento da actividade seja solução, penso que esta é uma discussão útil e que nos poderá levar mais longe e talvez um dia destes a discutir coisas realmente relevantes, a meu ver, claro, pelo menos contribui para terminar com o fenómeno de os jornalistas discutirem em surdina, salvo algumas excepções, o estado a que chegou o meio em Portugal.
Também quero deixar um nome de um jornalista, que não tendo formação na área, é um exemplo e uma directriz para o exercício de um jornalismo livre e independente e acima de tudo pensante e crítico: Ryszard Kapuscinsk, jornalista polaco que faleceu faz pouco tempo.Formado em História, exerceu jornalismo desde os 17 anos, ou seja, até sabia onde se mexia e por isso mesmo, escolheu saber mais noutra área do conhecimento, publicou livros, trouxe mundos não revelados à Europa, assistiu e relatou a formação do 3º Mundo, aprendeu a falar línguas sem conta...Um jornalista para o ser, tem que ter espírito de missão e isso, não se aprende, nem com a melhor licenciatura.

 
At 7:41 da tarde, Blogger Joana Gama said...

Sim, mas nao com a que eu tenho.

 
At 9:32 da manhã, Blogger Mais Jornalismo said...

Porquê? Qual é a sua Licenciatura?

 
At 9:51 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Noam Chomsky afirma que o amadurecimento de uma área resulta na menor relevância da "credencial" que se possui. Dá o exemplo das disciplinas exactas, por exemplo Física ou Matemática, onde o que se valoriza é o contributo e menos a formação académica. Em áreas cientificamente "menos maduras", tipicamente associadas às ciências sociais, há uma muito maior preocupação com a "credencial" que se apresenta.

Chomsky, formado em linguística, trabalhou na área da Sociologia e da Matemática. Enquanto que em matemática nunca questionaram a sua formação mas sim as suas ideias, os seus trabalhos de sociologia foram muito atacados com base na falta de formação específica do autor.

Resumindo, quando os jornalistas se deixarem de preocupar com este assunto da "acreditação" será um sinal da maturidade (e superioridade científica) da área. Leiam Chomsky.

 
At 11:16 da manhã, Blogger Mais Jornalismo said...

Um facto relativo à maturidade científica do Jornalismo: a nível mundial,a primeira Tese de Doutoramento data de 1690, na Universidade de Leipzig/Alemanha.

Sobre este assunto, consultar os sítios da Internet:
http://www.jornalismo.ufsc.br/arquivo/2004-27-abril.html
http://www.eca.usp.br/alaic/boletin12/eduardo.htm

Obrigatoriedade da Licenciatura em Jornalismo - consultar este artigo: http://www.fenaj.org.br/diploma/interesse.htm

Para alguém ser médico, é obrigatória uma Licenciatura em Medicina. Será isto falta de maturidade científica da área?

Um projecto de Arquitectura deve ser assinado por um profissional com uma Licenciatura em Arquitectura. Será isto falta de maturidade científica da área?

 
At 1:47 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Pela última resposta já deu para perceber que a pergunta não foi inocente e que "mais jornalismo" não está propriamente a moderar. ;)

Acho que Chomsky não se referia "aos protocolos", sempre necessários, na execução de projectos técnicos. Como alias devem existir na execução de trabalhos jornalísticos. Acho que qualquer OCS registado só deveria poder publicar peças assinadas por pessoas registadas no Sindicato dos Jornalistas. Não por haver garantias de um curso de jornalismo mas sim por haver um vinculo a um conjunto de "normas" (estatutos) relevante.

Chomsky constatava apenas, por experiência própria, a atitude dos membros de duas "tribos" perante opiniões de estranhos. Enquanto que na Matemática a preocupação centrava-se nas propostas. Na Sociologia, a crítica versou mais a pessoa e o facto de não ser formada na área (e por isso a opinião ser menos relevante).

Creio que se passa exactamente o mesmo no jornalismo. O "carimbo" que uma instituição atribui a um aluno, não faz com que automaticamente tudo em que ele toca se torne em jornalismo.

Obviamente é muito mais fácil dizer "jornalismo é aquilo feito por alguém formado em jornalismo". É, no entanto, aqui que se revela a menor maturidade da área, pois é muito mais complicado estabelecer critérios que permitam determinar o que é ou não jornalismo.

Com o Processo de Bolonha e com as novas carreiras que se pretendem mais heterogéneas, polivalentes, difusas, versáteis.. será difícil manter esse discurso do "grau em jornalismo".

 
At 2:36 da tarde, Blogger Mais Jornalismo said...

Relativamente ao Processo de Bolonha, continuarão a existir graus académicos em Jornalismo / Ciências da Comunicação / Comunicação Social.

Quanto ao resto, mantemos o comentário anterior:

Um facto relativo à maturidade científica do Jornalismo: a nível mundial,a primeira Tese de Doutoramento data de 1690, na Universidade de Leipzig/Alemanha.

Sobre este assunto, consultar os sítios da Internet:
http://www.jornalismo.ufsc.br/arquivo/2004-27-abril.html
http://www.eca.usp.br/alaic/boletin12/eduardo.htm

Obrigatoriedade da Licenciatura em Jornalismo - consultar este artigo: http://www.fenaj.org.br/diploma/interesse.htm

Para alguém ser médico, é obrigatória uma Licenciatura em Medicina. Será isto falta de maturidade científica da área?

Um projecto de Arquitectura deve ser assinado por um profissional com uma Licenciatura em Arquitectura. Será isto falta de maturidade científica da área?

 
At 3:49 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Seguindo então a lógica das perguntas e não das respostas ;)

* O que é um curso de jornalismo? O que o caracteriza? Basta ver o panorama em Portugal para perceber que as diferenças são muitas.

* Deve um editor de ciência ser um cientista ou um jornalista? Por outras palavras, é mais fácil para um cientista aprender jornalismo ou para um jornalista aprender ciência?

 
At 4:51 da tarde, Blogger Mais Jornalismo said...

Respondendo às perguntas:

*Pode consultar uma lista de Cursos Superiores de Jornalismo / Ciências da Comunicação, na seguinte página do Sindicato dos Jornalistas:
http://www.jornalistas.online.pt/canal.asp?idselect=111&idCanal=111&p=99
Saber, com profundidade, o que caracteriza um desses Cursos implica, no mínimo, concluir a respectiva Licenciatura, em quatro / três anos (de acordo com o Processo de Bolonha). Quanto às diferenças, o candidato a licenciado deve escolher aquele Curso que, dentro das suas possibilidades, corresponde aos seus interesses.

*A dificuldade em aprender qualquer matéria, como, por exemplo, Jornalismo ou outro domínio científico, é relativa. Tudo isto depende das pessoas em causa. O editor de Ciência, sendo obrigatória a Licenciatura em Jornalismo, deve ter, obviamente, uma Licenciatura em Jornalismo e, eventualmente, uma Pós-Graduação / especialização em Jornalismo Científico. A este respeito, sugerimos a consulta das seguintes páginas da Internet:
http://www.labjor.unicamp.br/
http://www.jornalismocientifico.com.br/
http://www.jornalismo.ufsc.br/graduacao/jor5080.html

 
At 5:01 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Uma última reflexão, a frequência com que se coloca a questão "é necessária uma certificação em X para se exercer X" está directamente relacionada com a dificuldade em exercer X.

Por exemplo, e pegando nos casos apresentados, nunca se questiona se é necessária uma lic. em medicina para exercer medicina e o mesmo se passa com arquitectura. Isto acontece porque a dificuldade em exercer medicina é elevada. As pessoas não se confrontam sequer com esta possibilidade.

No entanto, para algumas áreas esta é uma questão frequente que muita gente coloca. É frequente ouvir "para exercer jornalismo é necessário ser jornalista?" ou, para dar outro exemplo, "para exercer design é necessário ser designer?".

Isto acontece porque as pessoas têm a percepção de que exercer "jornalismo" é simples. O exercício do jornalismo, como o conhecem, tem pouca valorização social.

Creio que isto aconteceu devido à descredibilização da profissão por parte dos actuais agentes do meio.

Como lutar contra isto e ver o jornalismo reconhecido? Logo valorizado, logo acreditado, logo regulado.

Credibilizando-o. Mostrando à sociedade que ser jornalista é mais do que ser correia de transmissão de press-releases, é mais do que "segurar o microfone", é mais do que sensacionalismo, ...

Boa conversa.

 
At 5:52 da tarde, Blogger AR said...

Sem dúvida que sim. Actualmente, o jornalismo enquanto profissão está-se a desprestigiar e a desvalorizar; consequentemente e antagónicamente, nos deparamos com jornalismo "trashy" ou altamente elitista.

A acessibilidade à informação (traço distintivo da nossa era) não garante a sua qualidade; já se anuncia um jornalismo de comunicação, público ou cívico que consolida dimensões interpretativas, analíticas e que, ao mesmo tempo, funde o discurso jornalístico com outros discursos públicos e sociais. A profissionalização do jornalismo continua a ser fundamental para se distinguir a sua composição e garantir a qualidade da informação.

Ana Rita Nascimento

 
At 8:19 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Bruno Rodrigues

Trabalho na profissão de jornalista desde os meus 17 anos (desde 1992). Comecei a exercer sem o canudo e acabei por tirar a licenciatura como trabalhador-estudante.
Quando entrei na redacção de O JOGO o número de pessoas que tinha a licenciatura em Jornalismo era de zero (pelo menos do meu conhecimento). Nos últimos anos praticamente todos os novos estagiários e jovens da profissão que entram neste órgão de comunicação social onde trabalho estudam ou estudaram jornalismo, mesmo sem uma exigência por parte do jornal em contratar pessoas licenciadas. Parece-me que a tendência de progressiva “academismo” da profissão é clara.

Fazer depender a entrada na profissão a pessoas que possam ou não ter a licenciatura parece-me redutor. O Jornalismo depende directamente da pluralidade e da liberdade de expressão e barrar o seu exercício por uma via legal como esta não me parece muito boa ideia. Eu acho que um licenciado na área é à partida uma pessoa mais capaz e o mercado de trabalho sabe-o. Deixemos funcionar a lógica de mercado porque os melhores destacar-se-ão naturalmente

Se a resposta a esta pergunta fosse sim, então perguntaria o que os media iriam fazer aos seus colaboradores especializados? Não são eles um valor acrescentado à profissão?

E com a lógica de comunicação a inverter-se definitivamente com o advento das redes digitais, nos quais cada um é um produtor/reprodutor de informação/comunicação esta barreira faz sentido? Iríamos proibir estes novos actores de pertencerem às lógicas de comunicação - que tantas vezes se misturam com a informação - porquê não têm o canudo?

A mensagem daqueles que exercem a profissão tem de ser clara. O jornalista deve gozar dos seus poderes, sim, mas tem de respeitar os seus deveres. Há coisas mais prementes a fazer na defesa da profissão como a protecção dos direitos laborais: o respeito pelos horários de trabalho, acabar com os falsos “recibos verdes”, estágios obrigatoriamente remunerados, etc., etc.

Bruno Rodrigues

 
At 9:39 da manhã, Blogger Mais Jornalismo said...

Sobre a colisão entre os direitos fundamentais, como a liberdade de expressão, e a exigência legal de uma Licenciatura na área das Ciências da Comunicação, para o exercício da profissão de jornalista, a Federação Nacional dos Jornalistas do Brasil (FENAJ) publicou um artigo que vale a pena ler atentamente:

"Colisão dos direitos fundamentais - diploma, regulamentação e liberdade de imprensa" - http://www.fenaj.org.br/materia.php?id=1464

Edvânia Kátia, jornalista que escreveu este artigo, defende que a obrigatoriedade da Licenciatura em questão não choca com a liberdade de expressão.

Relativamente a deixar "funcionar a lógica do mercado", porque motivo, na área judicial, não pode um qualquer cidadão defender, em Tribunal, outra pessoa, mesmo não sendo licenciado em Direito? Deveria ser o mercado a decidir?

Actualmente, à luz do Estatuto do Jornalista, em Portugal, o colaborador especializado não é jornalista:
- http://www.ccpj.pt/legisdata/LgLei1de99de13deJaneiro.htm
- http://www.ccpj.pt/CartaoColaboradorEspecializado.htm

 

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